De encontro as tendências de mercado, bilionários aumentam seus investimentos em imóveis na contramão do mercado
Indivíduos ultrarricos continuam focados nessa classe de ativos visando alocação de longo prazo, enquanto investidores institucionais estão freando aquisições no “Real State”, essa expressão “real estate” (ou “real property”) refere-se a bens imóveis, como terra, edifícios, casas, e outros ativos relacionados.
O segmento envolve a compra, venda, desenvolvimento ou gestão de propriedades com o objetivo de obter retorno financeiro, seja por meio de valorização do imóvel, aluguel ou outras formas de exploração econômica associadas ao setor.

O que os bilionários estão comprando?
Essa iniciativa vai na contramão do que grandes gestores de Fundos bilionários estão fazendo, enquanto esse últimos entendem que o setor imobiliário foi um dos mais afetados na pandemia e principalmente no pós pandemia, o layout do dia a dia de trabalho mudou muito pelas sequências duradouras do trabalho remoto, segundo relatório da Knight Frank sobre riqueza de 2023.
O homem mais rico da Espanha, o dono da Zara, Armando Ortega, expandiu sua carteira de investimento global em imóveis durante 2023 em nada menos do que US$1 bi em propriedades nos EUA, Canadá e México e no Reino Unido.
Estima-se que foi reduzido US$1 tri no setor por parte dos investidores institucionais no mercado em galpões logísticos, escritórios e imóveis para o aluguel, à medida que os juros foram aumentando para conter a inflação generalizada e a inadimplência começou a aparecer nas carteiras. Foi o fim dos juros negativos. Os volumes investidos por institucionais caíram 28%.

Só no ano passado, foram investidos US$455 bilhões em imóveis comerciais por family offices, ultrarricos e bilionários. Apoveitando os seus perfis de dívidas menores e horizontes de pagamento de longo prazo. Eles ficaram no topo da lista de compradores mais ativos do ano em 2023
Segundo a Bloomberg, fonte é o relatório da consultoria de clientes privados Knight Frank sobre riqueza em 2023, a demanda para imóveis comerciais nos últimos anos. “Essa tendência deve continuar com clientes pessoa física buscando opções para a preservação da riqueza líquida” disse Alex James, chefe de consultoria.
O que os ultrarricos veem como oportunidade?
Claro que ninguém investe só porque está barato. Os números ressaltam as perspectivas de lucro no longo prazo dos ultrarricos e, como procuram diversificar por meio de ativos do setor imobiliário, em que as vendas de títulos hipotecários comerciais caem a proporcão que as taxas de juros crescentes reduzem o volume dos empréstimos.
À medida que as taxas de juros aumentam, as vendas de títulos hipotecários comerciais diminuem porque os empreendedores enfrentam custos mais altos para obter empréstimos. Isso resulta em uma redução do volume de empréstimos concedidos, já que as empresas serão mais cautelosas ao buscar financiamento com custos mais elevados.
A relação inversa entre as taxas de juros e as vendas de títulos hipotecários reflete a sensibilidade do mercado financeiro às condições econômicas.

O cofundador do Alibaba também tem investido em hotéis cinco estrelas na Espanha pelo seu escritório Blue Pool Capital. O chefe global da pesquida Knight Frank “Você descobre que há espécie de elemento Skin in the game quando você tem investidores privados comprando”.
Nova York liderou o ranking de cidades com compra de imóveis comerciais de investidores locais em 2022, Londres foi a segunda.