EUA intensifica a guerra comercial com a China ao aumentar as tarifas sobre seus produtos para 125%, conforme anunciado em 9 de abril de 2025. Ele justifica a medida como resposta à “falta de respeito” da China aos mercados globais, elevando a taxa cumulativa para 104% no ano, após um aumento adicional de 50% dias antes. A decisão afeta mais de US$ 145 bilhões em exportações chinesas anualmente para os EUA, enviando cadeias de suprimentos globais e elevando custos para consumidores americanos.
Xi Jinping promete resistência
Xi Jinping reagiu rapidamente, elevando as tarifas sobre produtos americanos para 125% em 11 de abril de 2025, igualando o nível imposto por Trump. A China, que já havia aumentado suas tarifas de 34% para 84% em 10 de abril, agora adota uma postura de confronto total. Xi declara que “não há vencedores em uma guerra tarifária” e afirma que a China ignorará novos aumentos, chamando-os de “inviáveis”. Ele acusa os EUA de “bullying econômico” e busca de parceiros como a União Europeia para resistir às políticas de Trump.
China Busca Aliados e Reduz Dependência dos EUA
Xi Jinping intensifica a diplomacia para contrapor as tarifas de Trump, convidando a UE e países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul, para formar uma frente contra o “protecionismo americano”. Ele planeja visitar Vietnã, Malásia e Camboja em abril de 2025 para fortalecer laços comerciais.
A China tem diversificado suas cadeias de suprimentos, como o aumento da compra de soja brasileira, adquiriu 40 cargas em abril de 2025, pois os impactos podem recair sobre as exportações como a da commodity, que valem US$ 14 bilhões anuais. E, restringindo produtos americanos, como filmes de Hollywood, para minimizar a dependência dos EUA.
Mercados globais sentem o impacto da escalada
A guerra tarifária entre Trump e Xi abalou os mercados globais, com o S&P 500 caindo 15% desde seu pico em fevereiro de 2025. Economistas do Goldman Sachs estimam uma probabilidade de recessão global em 45%, enquanto o JPMorgan eleva essa chance para 60% até o final de 2025. As tarifas de 125% de ambos os lados ameaçam um “desacoplamento” econômico entre as duas maiores economias do mundo, que juntas representam 3% do comércio global, segundo a OMC.
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Uma guerra sem vencedores?
Trump e Xi Jinping travam uma batalha de orgulho e poder, mas os custos econômicos são altos. As tarifas de Trump não reduziram significativamente o déficit comercial com a China no passado, e a nova escalada pode inflar ainda mais os preços nos EUA, onde os consumidores já pagaram US$ 2.400 a mais por ano.
A postura de Xi, embora fortaleça sua imagem de líder “inflexível”, ignora o impacto em exportadores chineses, como a Fuling, que depende dos EUA para 66% de sua receita. A narrativa de “lutar até o fim” pode ser insustentável se a economia chinesa, já enfraquecida pelo consumo interno fraco, não resistir à pressão.