O autor Niall Ferguson, escreveu sobre a nova guerra fria entre EUA e China, sinalizando que talvez nessa nova guerra fria sejam os americanos os novos soviéticos. O historiador traz pontos em comum de indicadores atuais dos EUA para um futuro próximo que se compara a decadência do regime.

Há indicadores que sugerem uma potencial desvalorização do dólar americano no futuro próximo. Essa perspectiva, embora complexa e multifacetada, encontra respaldo em diversos dados e análises que merecem atenção.
Baseados na lei de Ferguson, “uma empresa que gasta mais com juros da dívida do que com que com defesa, essa nação não permanecerá grande por muito tempo”. Assim como, historicamente, aconteceu na Espanha dos Habsburgos, para o antigo regime da França, para o império otomano e também para o império britânico.
Neste ano, no primeiro trimestre de 2004, dados recentes dos EUA mostram que ele gastou US$1.059 trilhão com pagamento de juros da dívida e US$1,03 tri com defesa nacional – exército, em termos anualizados. Os custos crescentes da dívida pública dos EUA estão restringindo investimentos essenciais, incluindo aqueles no treinamento e manutenção das forças armadas. Essa situação pode afetar a prontidão militar e a capacidade dos EUA de manter sua posição de liderança global, resultando em uma perda de confiança dos mercados financeiros.
O autor Niall Ferguson, escreveu sobre a nova guerra fria entre EUA e China, sinalizando que os americanos sejam os novos soviéticos. O historiador traz pontos em comum de indicadores atuais dos EUA para um futuro próximo com a decadência do regime soviético:
- Falta de renovação política, Biden com 81 anos e Donald Trump com 78, assim como não havia no fim da União Soviética no anos 80.
- A crescente dívida pública, os déficits orçamentários, falta de credibilidade da liderança pela mentira e desconfiança da população podem levar a uma perda de confiança na capacidade do governo dos EUA de gerir suas finanças e nas demais instituições. A confiança média decresceu significativamente aos moldes soviéticos.
- Em pesquisas com adolescente em relação a desesperança trazendo tendência a suicídio aumentou de forma alarmante em dados entre 2011 e 2021, mostrando uma população doente.
- Ferguson para comprovar a sua tese de que os americanos estão doentes, traz dados sobre “morte por desespero”, quando o indivíduo morre por uso execessivo de álcool, drogas, overdose e suicídio e, em todas as etnias quase dobrou os casos de morte em 12 anos de estudo até 2022.
- Mortalidade de homens na faixa de 40 – 60 anos de idade que hoje é menor na Rússia do que nos EUA.
- Um outro dado relevante é a expectativa de vida do americano, que embora seja a nação ainda mais pujante, com riqueza e poder aquisitivo inigualável, tem expectativa de vida menor em comparação com outros países desenvolvidos. Enquanto o Reino Unido é de 81 anos os EUA está em 78 e caindo.

A seguir a tabela que mostra a comparação da falta de credibilidade dos EUA hoje, embora ainda tenha uma economia forte com a decadência da URSS. A tabela destaca semelhanças entre a URSS em decadência e os EUA em 2024 sob Biden, como a crescente dívida pública, desigualdade econômica e polarização política. Embora os EUA ainda possuam uma economia diversificada e instituições democráticas robustas, os desafios atuais exigem reformas eficazes para evitar um declínio significativo, especialmente em áreas como infraestrutura, desigualdade e gestão da dívida pública.

A dívida pública atual dos EUA está superando 120% do PIB e a taxa de juros é a maior dos últimos vinte anos. O déficit fiscal não para de crescer, hoje em 2 trilhões de dólares e subindo.

Embora existam algumas semelhanças nos desafios enfrentados pela URSS na década de 1980 e pelos EUA atualmente, como problemas econômicos e descontentamento social, as diferenças contextuais e estruturais ainda são significativas. A URSS enfrentou uma crise de legitimidade e funcionalidade estatal muito mais profunda, enquanto os EUA ainda possuem instituições democráticas robustas e uma economia diversificada.
Os dados econômicos atuais dos EUA apresentam um quadro paradoxal. De um lado, o crescimento do emprego, refletido em um payroll robusto, sugere uma economia ainda vigorosa, com baixas taxas de desemprego e criação contínua de postos de trabalho. No entanto, essa recuperação do emprego é ofuscada por sinais de decadência da moeda, que se manifesta em uma crescente dívida pública, atualmente em torno de $33 trilhões, e em uma inflação grudenta.