Dólar atinge máxima histórica R$6,31

Em 19 de dezembro e 2024 o dólar atingiu sua máxima histórica, R$6,31

O dólar comercial alcançou nesta quinta-feira (19) o valor recorde de R$ 6,31, levando o Banco Central a realizar sua maior intervenção em 25 anos para conter a cotação.

Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, e Gabriel Galípolo, que assumirá o comando em janeiro de 2025, negaram a existência de um ataque especulativo contra o real. Segundo eles, o Brasil enfrenta uma saída atípica de recursos neste fim de ano.

Divisa norte-americana atingiu a marca histórca de R$ 6 em 29 de novembro e sustenta sequência de renovação de recordes nas sessões desde então

Dólar bateu o patamar de R$ 6,20 nesta terça-feira (17) após Copom indicar deterioração das expectativas de inflação e aumento da atividade econômica na contramão da atual política monetária contracionista. Mas, mesmo antes da ata da última reunião do Banco Central, o pessimismo do mercado já vinha se manifestando nas últimas semanas e na véspera.

Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas, explica que a aparente volatilidade do mercado é resultado da falta de confiança em medidas do Governo Federal em assumir um comprometimento fiscal.

Seria uma reação natural de qualquer forma, outros países emergentes têm uma desvalorização frente a moeda americana, mas não no nível do real”, pontua.

O novo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (16) traz as primeiras projeções para 2025 no patamar de 14% ao ano em 2025, após a decisão do Copom em elevar a taxa Selic a 12,25% ao ano na última semana.

Intervenção do Banco Central

O dólar comercial alcançou nesta quinta-feira (19) o valor recorde de R$ 6,30, levando o Banco Central a realizar sua maior intervenção em 25 anos para conter a cotação.

Roberto Campos Neto, atual presidente da instituição, e Gabriel Galípolo, que assumirá o comando em janeiro de 2025, negaram a existência de um ataque especulativo contra o real. Segundo eles, o Brasil enfrenta uma saída atípica de recursos neste fim de ano.

Nos últimos dias, o Banco Central realizou sete leilões à vista ou com compromisso de recompra para tentar frear a escalada da moeda americana. A intervenção já ultrapassou a marca de US$ 12 bilhões em recursos injetados pela autoridade monetária.

Paralelamente, o Tesouro Nacional cancelou o leilão tradicional de títulos previsto e anunciou leilões diários de compra e venda. Foi a primeira vez desde 2020, durante a pandemia de Covid-19, que o Tesouro recorreu a essa estratégia.

Na quarta-feira (18), o órgão optou por não vender novos títulos da dívida e ainda recomprou 10% dos papéis disponíveis, embora a medida tenha tido pouco impacto no mercado.

O dólar ultrapassou a marca de R$ 6,00 pela primeira vez em 29 de novembro e, desde então, só registrou cotações abaixo desse valor em uma única data, 11 de dezembro, quando atingiu R$ 5,97.

Para conter a alta, o Banco Central já realizou nove leilões em apenas cinco dias, reforçando a gravidade da situação cambial.

  • 12.dez – dois leilões de linha, cada um de US$ 2 bilhões; 
  • 13.dez – um leilão à vista de US$ 1 bilhão; 
  • 16.dez – um leilão de linha de US$ 3 bilhões e um leilão à vista de US$ 1,6 bilhão; 
  • 17.dez – dois leilões à vista; um de US$ 2,0 bilhões e outro de US$ 1,2 bilhão; 
  • 19.dez – dois leilões à vista, um de US$ 3 bilhões e outro de US$ 5 bilhões

O estouro da meta fiscal

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O Banco Central prevê 50% de chance de a meta fiscal de 2025 não ser cumprida. No relatório sobre inflação, divulgado recentemente, a instituição admitiu que há praticamente 100% de probabilidade de um estouro na meta fiscal deste ano. Para 2026, a estimativa de descumprimento cai para 26%.

Os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo, comentaram o relatório trimestral de inflação divulgado antes da entrevista coletiva.

No documento, o Banco Central oficializou a projeção de um novo estouro da meta fiscal, estabelecida em 4,5% para 2024, refletindo os desafios econômicos do país.

Fonte: Poder360º

Apesar das intervenções agressivas no mercado cambial, o dólar segue acima de R$ 6. Em dezembro, o Banco Central já vendeu US$ 20,8 bilhões em leilões à vista ou de linha, mas a cotação da moeda norte-americana permanece elevada. Nesta quinta-feira (19), o dólar fechou em R$ 6,12, com uma queda de 2,3%.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, explicou que o cenário atual é agravado por um fluxo atípico de saída de dólares do país, especialmente relacionado ao pagamento de dividendos.

Essa movimentação forçou a autoridade monetária a intensificar sua atuação no mercado cambial para mitigar a volatilidade.

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