Logo após completar 100 dias de seu novo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump já promoveu transformações significativas na economia global. China está em recuo e os efeitos de tudo isso no Brasil tende a nos beneficiar.
O novo governo americano inverteu a balança da guerra comercial contra a China, o que gerou reflexos diretos nas principais economias do mundo — e o Brasil não está fora desse radar.
Enquanto o Brasil enfrenta um cenário de deterioração fiscal, rombos históricos em estatais e novos escândalos de corrupção, os EUA caminham na direção oposta. Grandes empresas como NVIDIA, Apple, Amazon, Toyota e Hyundai anunciaram investimentos bilionários em território americano. Só em abril de 2025, a economia dos EUA criou mais de 315 mil novos empregos. Esses resultados são frutos diretos da nova estratégia econômica da Casa Branca.

China em recuo
Nos bastidores, Trump atacou justamente o ponto fraco da China, as exportações. Ao cortar as vantagens comerciais de plataformas como SHEIN, Temu, Aliexpress e TikTok Shop, os Estados Unidos interromperam abruptamente bilhões em vendas chinesas. O impacto imediato foi um colapso nas exportações chinesas, enquanto a indústria americana retomou contratações e aumentou os salários dos trabalhadores.
A China reduziu suas tarifas sobre produtos dos Estados Unidos de 125% para 10% em maio de 2025, como parte de um acordo de trégua comercial de 90 dias firmado entre os dois países. Essa decisão foi motivada por uma queda significativa nas exportações chinesas para os EUA, que recuaram 21% em abril em comparação ao ano anterior, devido às tarifas elevadas impostas por Washington, que chegaram a 145% . O objetivo da redução tarifária é aliviar as tensões comerciais e reaquecer a economia chinesa.
Início da era de ouro
Segundo o secretário de Trabalho dos EUA, o país entrou em uma “nova era de ouro”. Ele declarou que os americanos estão prestes a vivenciar um boom econômico inédito. Esse avanço se traduz em mais dinheiro no bolso da população, maior segurança financeira e fortalecimento do mercado interno.
Enquanto isso, a realidade chinesa é crítica. O cidadão médio da China precisa poupar mais de 40% da sua renda, não por opção, mas por necessidade, diante da falta de segurança econômica, oportunidades de investimento e garantias de aposentadoria. Com fábricas fechando e exportações paradas, a crise se aprofunda.
EUA contra o modelo chinês
A resposta dos EUA gerou um efeito dominó. De acordo com dados da Global Trade Alert, 32 países já estão em negociação com os Estados Unidos, e 16 firmaram novos acordos comerciais. Entre eles, destacam-se Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Austrália, Tailândia, Colômbia e África do Sul — todos buscando diversificar suas economias e reduzir a dependência da China.
Esses países adotaram medidas internas para reforçar suas próprias indústrias:
- Japão: apoio a pequenas e médias empresas no setor automotivo;
- Taiwan: pacote de US$ 12 bilhões para manter empregos industriais;
- Coreia do Sul: crédito de US$ 14 bilhões para exportadores;
- Austrália: subsídios à indústria de carne bovina para reagir às tarifas dos EUA;
- Colômbia: incentivo à diversificação de exportações com foco no mercado americano.
Nos Estados Unidos, Trump também reuniu executivos de gigantes como NVIDIA, Johnson & Johnson, Hyundai e Toyota para discutir novos investimentos. A General Motors, por exemplo, avalia investir US$ 60 bilhões no país. Em janeiro, a Casa Branca anunciou um programa de US$ 500 bilhões em infraestrutura voltada à inteligência artificial, com foco em vencer a disputa tecnológica com a China.
No mês passado, a Hyundai confirmou um investimento de US$ 21 bilhões em uma nova fábrica que produzirá quase 3 milhões de toneladas de aço por ano, gerando mais de 1.400 empregos.

Leve energia para onde for com o Power Bank 20.000mAh — carregamento super rápido de 22,5W, até 5 portas (USB, Tipo-C e Lightning), homologado pela Anatel. Potência, versatilidade e segurança na palma da sua mão!
Saiba mais
O fim da isenção para SHEIN e o impacto nos portos chineses
No dia 2 de maio de 2025, Trump retirou a isenção de impostos para empresas como SHEIN, Temu e Aliexpress. O governo americano argumenta que essas plataformas estavam explorando brechas alfandegárias para entrar com produtos e até mesmo com substâncias ilegais, como o opioide fentanil, nos EUA. Uma investigação da Reuters comprou 3 milhões de pílulas de fentanil que chegaram ao solo americano com facilidade, o que acelerou a decisão de endurecimento.
A consequência foi imediata, os portos chineses estão lotados de contêineres parados, com empresas buscando alternativas para escoar seus estoques. Isso pode gerar, num primeiro momento, uma queda drástica nos preços dos produtos chineses globalmente. Mas esse efeito tem prazo de validade. Com a queda da demanda e a interrupção dos envios para os EUA, fábricas chinesas começaram a encerrar suas operações em massa.
Os efeitos no Brasil?
Esse redesenho das relações comerciais globais também afeta o Brasil. A dependência da economia chinesa para exportações brasileiras pode se tornar uma vulnerabilidade estratégica. Por outro lado, o realinhamento dos EUA com outros parceiros pode abrir novas oportunidades de exportação e investimento, caso o Brasil saiba aproveitar esse novo cenário.