O presidente Milei, conhecido por sua ideologia de direita, defende a direita global, decidiu participar de uma convenção conservadora no Brasil neste fim de semana, em vez de comparecer à reunião do Mercosul. Essa decisão gerou desgaste político com a oposição nacional.
Apesar disso, o governo conseguiu avançar no Congresso e anunciou um novo pacote de medidas de liberdade para os argentinos.
Contudo, o projeto enfrentou dificuldades devido à rejeição de grande parte da classe política, pois Milei não possui maioria no Congresso, seu partido tem pouca relevância dentro do congresso. Ele depende do apoio de partidos aliados e moderados para aprovar uma ampla gama de reformas, incluindo as trabalhista, tributária e eleitoral. Devido às adversidades, o governo foi obrigado a revisar e reapresentar o novo projeto. Na abertura do mercado em 19 de julho, um dólar valia 924 pesos.

Milei, um hábil articulador, contou com o apoio crucial do centro-direita na votação. Após seis meses de intensas discussões, algumas medidas fiscais relevantes foram finalmente aprovadas. Essas mudanças podem incrementar o PIB anual em até 0,5%. A reforma trabalhista visa melhorar as condições para as empresas, e o governo está implementando um regime especial para grandes investimentos, oferecendo estabilidade jurídica e tributária real por 30 anos para as empresas que aderirem.
Esse regime concede ao governo faculdades especiais para dissolver ou realocar órgãos que consomem grande parte do orçamento. Embora o governo esperasse uma reação mais positiva do mercado pois vinha apresentando um bom desempenho, a resposta do mercado no dia seguinte foi menos entusiástica do que o esperado.

O mercado diante da posição de Milei, criou uma expectativa de que o Ministério da Economia pudesse apresentar um plano para um eventual levantamento controle de capitais, mas não foi o caso. O governo falou apenas superficialmente, anunciou mais desregulação mais não houve uma construção ou clareza sobre como seriam esses controles. Com isso, gerou um ruído e isso foi ruim para o governo de Milei.
Em resposta, o governo tentou mudar a narrativa e reformulou o projeto, enxugando-o e o reapresentou ao congresso e, após 6 meses de que Milei sentou na cadeira de presidente, o projeto, embora a duras penas, foi muito bem recebido e aprovado.
Nele o governo reafirma o seu compromisso com o respeito à propriedade privada e mostrando capacidade de pragmatismo que, é a habilidade de tomar decisões práticas e eficazes, adaptando-se às circunstâncias para alcançar resultados concretos mantendo consistência nas ações.
Dada a crise econômica na Argentina, o governo precisará do apoio de todos os articuladores para recuperar a economia, um processo que está demorando mais do que o esperado. Apesar disso, Milei mantém uma aprovação forte de 45%, permanecendo intacta.
- https://www.infomoney.com.br/mundo/economia-da-argentina-tem-melhor-mes-sob-gestao-milei-apesar-da-austeridade/
- https://conteudos.xpi.com.br/economia/econocast-88-como-esta-o-cenario-politico-internacional/?j=1661978&sfmc_sub=206457331&l=74_HTML&u=32281336&mid=518001419&jb=4
- https://conteudos.xpi.com.br/economia/como-andam-nossos-vizinhos-reducao-dos-juros-porem-nem-tao-rapido-e-nem-tao-longe/