O Uso da Starlink ao Redor do Mundo

O objetivo da Starlink é fornecer internet para quem mais precisa em áreas remotas, onde a conectividade é limitada ou inexistente. Elon Musk vangloria sua internet de alta velocidade como “disponível em quase todo lugar da Terra”.

A Starlink é ideal para lugares que precisam conexão melhor ou estão totalmente desconectados. Não é para substituir a internet das casas e empresas com fibra ótica. A SpaceX, sob a liderança do bilionário, recentemente apresentou significativos avanços sobre a Starlink, um projeto ambicioso que visa fornecer conexão global de internet de alta velocidade e baixa latência. 

Fonte: Pixabay

Aperfeiçoamentos na Starlink

A Starlink fornece internet de banda larga por meio de uma rede composta por aproximadamente 5.500 satélites, iniciada pela SpaceX em 2019 com 2,6 milhões de clientes, atualmente. Conforme relatório da Bloomberg de abril de 2024.

A SpaceX revelou inovações na Starlink, incluindo os satélites V2 Mini, mais compactos e lançáveis pelo Falcon 9. Eles empregam tecnologia de transferência de dados via feixes de laser de 100 Gbit, reduzindo latência e melhorando a cobertura.

Também foram aprimorados os motores de argônio, mais eficientes e econômicos, oferecendo maior empuxo e impulso específico do que os modelos anteriores, que usavam criptônio. Essas atualizações prometem uma operação mais eficiente e confiável para a constelação Starlink.

A Maior Rede de Comunicação a Laser no Espaço

A Starlink é detentora da maior rede de comunicação a laser espacial, com 9.000 lasers e cada um tem capacidade de 100 GB por segundo, alcançando distâncias de até 3.000 km. Isso garante uma comunicação eficiente com menos latência e mais estabilidade entre os satélites.

A performance mundial da Starlink

A internet da Starlink tem alta convergência nos EUA, especialmente na Costa Leste, do lado direito do país, tocando o Oceano Atlântico, é formada por 14 estados, incluindo Massachusetts, Nova York, Nova Jersey, Virgínia e Flórida. No México, América Central, Europa, Austrália, Nova Zelândia e Japão, a presença também é significativa. No Brasil, a Starlink é especialmente popular devido às suas dimensões, baixa conectividade em algumas áreas e o benefício para regiões amazônicas remotas.

Fonte: Superinteressante 

Como países em guerra se beneficiam

Elon Musk observou diversos casos de kits Starlink sendo negociados e ativados ilegalmente, indicando um problema sistêmico global. O contrabando e a presença generalizada da Starlink em mercados ilegais levantam preocupações sobre o controle da empresa em um sistema com implicações de segurança nacional.

No Iêmen, em meio a uma década de guerra civil, um oficial do governo confirmou o amplo uso do Starlink, apesar dos riscos associados. Muitos arriscam enfrentar facções rivais, como os rebeldes Houthi, para obter acesso a comunicações pessoais e comerciais, fugindo assim da internet lenta e frequentemente censurada e, atualmente disponível.

No Sudão, uma guerra civil de um ano levou à fuga em massa, enquanto as Forças de Apoio Rápido, entre outros, recorrem ao Starlink para operações logísticas, em meio à falta de internet regular há meses, segundo diplomatas ocidentais.

Dadas as preocupações de segurança em torno de uma empresa privada americana que controla o serviço de internet, a SpaceX precisa, antes de tudo, fechar acordos com os governos de cada território. Manuel Ntumba, especialista africano em geoespacial, governança e risco, com sede em Nova York, observou que em áreas sem cobertura adequada, o uso do Starlink é ilegal e desafiador para controle e gestão. Na Ásia Central, onde os acordos com a Starlink são escassos, uma repressão governamental aos terminais ilegais no Cazaquistão neste ano teve pouco impacto em sua utilização.

No Brasil

A Starlink é amplamente popular no Brasil devido à sua ótima cobertura, atendendo áreas com baixa conectividade e oferecendo benefícios especialmente para regiões remotas da Amazônia.

A Starlink sem regulamentação pode trazer benefícios como internet banda larga rápida em áreas remotas, novos modelos de negócios e serviços inovadores, internet mais acessível e livre fluxo de informações sem censura. No entanto, a falta de regulamentação também pode trazer riscos como conteúdo ilegal e exploração de dados.

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