Concessionárias da BYD fecham as portas
Grupos de entregas da BYD em Liaoning e Shandong, na China, encerraram vendas desde abril de 2025, evidenciando a intensa concorrência no mercado automotivo chinês. O Xingqi Group, em Liaoning, parou de entregar carros e prestar serviços a mais de 60 clientes, enquanto a Qiancheng Holdings, que opera 20 showrooms em Shandong, enfrenta problemas de mais de 500 consumidores em grupos online.
Pressão financeira afeta revendedores
A Qiancheng Holdings impôs dificuldades a ajustes nas políticas de operações da BYD, que suspenderam seu fluxo de caixa nos últimos dois anos, segundo a Bloomberg. Os bancos locais em Shandong também restringem empréstimos devido a falências de outras transações, agravando a crise financeira do grupo.

Clientes enfrentam prejuízos
Um cliente de Jinan, Shandong, relatou à Bloomberg que comprou um BYD Seagull com assistência técnica vitalícia e seguro de 10.500 yuans, mas descobriu que o showroom fechado ao tentar renovar o seguro. A redução de preços por entregas, em milhares de yuans, para vendas ampliou as perdas financeiras, refletindo uma menor demanda e menor receita de serviços em veículos elétricos.
Alerta no setor automotivo Chinês
As concorrências destacam os desafios do setor automotivo chinês, mesmo para a BYD, líder em vendas de veículos elétricos pelo mundo. A combinação de concorrência acirrada, queda na demanda e baixa manutenção ocorre por elétricos, pressionando as transações, sinalizando riscos para a sustentabilidade financeira no mercado, dando indícios de uma possível bolha.
Margens pressionam o fluxo de caixa
A BYD viu suas ações despencarem 8,6% na bolsa de Hong Kong em 26 de maio de 2025, após anunciar cortes de preços de 10% a 30% em seus modelos principais, como o Seagull, que caiu de 69.800 para 55.800 yuans (redução de 20%). A medida, motivada por estoques elevados e meta de vender 5,5 milhões de veículos em 2025, reacendeu a guerra de preços no setor automotivo chinês, arrastando concorrentes como Leapmotor (-8,4%) e Geely Auto (-9,4%). Marcas premium da BYD, como Denza e Yangwang, não foram afetadas. A verticalização da empresa, com produção própria de baterias, oferece vantagem, mas aumenta a dependência de fornecedores.

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Impacto no setor e vantagem da BYD
A estratégia da BYD, que incluiu sistemas avançados de assistência à direção (ADAS) sem custo extra em fevereiro de 2025, pressiona rivais como a Tesla, que mantém financiamentos facilitados para o Model Y. Com produção verticalizada e baterias próprias, a BYD tem maior margem para cortes de preços, mas a intervenção pode reduzir suas margens próprias. Os descontos, limitações ao mercado chinês, reforçam a vantagem da empresa em vendas internacionais, onde mantém margens mais altas, enquanto o setor enfrenta desafios com menor demanda e intensa concorrência.
BYD adota títulos de dívida para pagamentos
A BYD, líder em veículos elétricos, usa títulos de dívida ou notas promissórias e o sistema Dilink para pagar fornecedores, apoiando compromissos financeiros. Em 2023, o prazo médio de pagamento chegou a 275 dias, com “outras contas a pagar” atingindo 165 bilhões de yuans (US$ 22,5 bilhões), contra 41,3 bilhões em 2021. Segundo a GMT Research, isso mascara uma real dívida de 323 bilhões de yuans em junho de 2024, muito acima dos 27,7 bilhões declarados, riscos de uma bolha de crédito.
Rumores de falência
Postagens no X, como uma de @GregariousTiger em maio de 2025, alegam que a BYD está à beira da falência devido à pressão sobre fornecedores e margens competitivas. Relatórios, como o da Bloomberg, destacam falências de operações da BYD em Liaoning e Shandong, com mais de 500 clientes afetados. A prática de usar títulos de dívida alimenta especulações de bolha vinda de forte instabilidade financeira, mas a empresa segue como líder global em EVs.
China não confirma apoio estatal
Não há evidências concretas de que o governo chinês esteja encobrindo uma falência da BYD, embora sua importância estratégica no setor de energia limpa gere especulações de suporte estatal. A UE investiga subsídios na planta da BYD em Hungria, indicando escrutínio, não proteção. A falta de transparência nos relatórios financeiros, criticada por analistas, mantém os investidores cautelosos sobre o risco de uma bolha no setor automotivo chinês.